bailaroska

Bailaroska. (Quase) desde sempre e para sempre. Mesmo quando as pernas já não executarem um perfeito arabesque, quando os pés não aguentarem as pontas e o equilíbrio se for. Porque mais do que uma ocupação, ser bailarina é um estado de espírito e um modo de vida. O meu. Aqui fica o relato das minhas piruetas, dentro e fora dos palcos...

quarta-feira, maio 14, 2008

Ciao maestro

A minha paixão pelo futebol já não é a mesma de outros tempos.
Na minha adolescência, ía de mau humor para a escola se o Benfica tivesse perdido na noite anterior. Envolvia-me em acesas discussões se algum adepto de uma equipa contrária denegria o meu clube. Via todos os jogos e mais alguns.
Hoje, continuo a ser "tiffosi" do SLB, sigo na televisão os jogos mais importantes (ou aqueles que o meu namorado me obriga a ver se estiver em casa dele à hora da transmissão), torço pela equipa e alegro-me com as suas vitórias. Mas sem grandes efusividades...

Acho que faz parte do processo natural de crescimento.
(Excepção: fanática mesmo continuo a ser da Selecção. Vivo com verdadeira euforia cada vitória e com sentido luto cada derrota. Parece que relativamente à equipa nacional não cresci emocionalmente...)

Mas dizia eu...
Não obstante esta quase apatia relativamente ao campeonato nacional, não poderia deixar de dizer adeus ao timoneiro do Benfica.
Foi ele (a par do J.Pinto, é certo) o meu ídolo da juventude. O meu modelo de futebolista, quer pelas suas capacidades técnicas, quer pelo seu espírito de liderança, pela sua integridade dentro e fora dos relvados.
Frase batida, eu sei, mas ele é um Senhor.

E tenho pena de o ver pendurar as chuteiras. Não só porque gostava muito de o ver jogar, da forma como interagia com os companheiros e com o público, mas também porque assisto, de alguma forma, ao encerrar de uma época da minha vida.
O Rui Costa fez parte da famosa geração de ouro, que cresceu comigo (embora com uns anos de diferença). Vi, embora ainda sem muito entusiasmo, o início da sua gloriosa carreira e acompanhei o seu percurso brilhante. E agora assisto ao seu termo. Não deixa de ser triste...

[Não imagino o que seja deixarmos de vez algo que amamos tanto fazer... Não quero sequer pensar em como me sentirei quando deixar de dançar e subir pela última vez a um placo...]
Fica a imagem de um homem adorado por todos os clubes e países (2) por onde passou. Que orgulho ver um estádio de pé a aplaudir um jogador da equipa adversária com a qual estão a disputar uma importante partida. Nem todos (quase nenhuns o conseguem). O Rui Costa conseguiu-o.


Até sempre, maestro!

1 Comments:

  • At 15/5/08 16:57, Blogger Taralhoca said…

    Os nossos ídolos estão-se a ir. O que significa que não estamos a ir para novas... Há por aí algum ídolo dispoinível? (e de preferência com um largo prazo de validade)

     

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