bailaroska

Bailaroska. (Quase) desde sempre e para sempre. Mesmo quando as pernas já não executarem um perfeito arabesque, quando os pés não aguentarem as pontas e o equilíbrio se for. Porque mais do que uma ocupação, ser bailarina é um estado de espírito e um modo de vida. O meu. Aqui fica o relato das minhas piruetas, dentro e fora dos palcos...

sexta-feira, outubro 01, 2010

Acho que já nem sei escrever aqui.
Perdi o hábito e também, ao que me parece, a vontade.
Perdi também, pelo meu silêncio tão prolongado, as visitas habituais. Se uma casa fecha portas durante tanto tempo, os clientes seguem para outras paragens e talvez, só por descargo de consciência, voltem a um local do passado.

Mas hoje, ao ouvir na radio que, às 9 da manhã estavam 4 graus na Guarda e 7º em Braga, apeteceu-me assinalar o fim de (mais) um Verão e o início do Outono.
Verão de férias (Lanzarote, Algarve), casamentos (nacionais e internacionais) e de 30 anos comemorados.

A reentré a nível profissional começou tranquila e passa agora por uma fase de ebulição, seguida de uma previsivel acalmia. São os altos e baixos de uma profissão que atravessa um período de alguma instabilidade.
Enquanto bailarina, o regresso trouxe-me uma noticia agradável e que me deixa orgulhosa, embora com sentimento de grande responsabilidade: a atribuição do papel de Cinderela no espectáculo com o mesmo tema a apresentar em Março do novo ano.

O friozinho que já se sente de manhã e ao fim da tarde sugere já o início de uma época do ano que tanto gosto. As castanhas, os agasalhos, as lareiras acesas nas casas.
E o fim de semana que aí está à porta, prolongado e passado no Alentejo em boa companhia, já com o prenúncio desse clima que convida à intimidade, recebe Outubro e o Outono em beleza.

sexta-feira, junho 04, 2010

Ai meu Deus, que isto já cheira a defunto!

A minha relação com o blog é complicada. Quanto mais tempo passo sem cá vir, menos vontade tenho de lhe pegar. Há uns tempos tinha-me proposto a escrever se não diariamente, quase. Nem que fosse para dizer que "hoje tinha acordado de barriga para cima" ou outra coisa igualmente interessante. Não consegui e já desisti. Assim, em jeito de sumário, aqui vai o que fiz de relevante (ou não) nos últimos 2 meses e meio.

Três casamentos. Sim, leram bem, três. Eu, quando vou, é logo aos terços de dúzia (em Julho repete-se o número). Um deles, de uma grande amiga. O primeiro casamento de uma amiga de infância. Em todos eles se comeu, dançou e divertiu à grande.


Reavivei o fervor benfiquista adormecido dentro de mim. Primeiro, com uma ida à Catedral para ver a 1ª mão dos quartos de final da Liga Europa (ou Euroliga, como lhe chama o nosso messias) entre o Glorioso e o Liverpool, que me fez vibrar do início ao fim como há muito não acontecia (esqueçamos os resultados supervenientes).



Depois, foi a comemoração do campeonato, numa loucura partilhada que não recordo alguma vez ter visto. O Benfica, é, realmente, grandioso.

O ballet, sempre presente. A 29 de Abril o Mundo comemora o Dia Mundial da Dança e nós fizémo-lo com um fim de semana de apresentações no Teatro de Águeda. Será que estou a ficar crescida? Os nervos acalmaram um pouco e não foi tão mau como o normal...











Mas um dos melhores momentos estava reservado para o fim de semana de 15/16 de Maio. Em Braga, com alguns (infelizmente não a totalidade) amigos, para conhecer o 1º rebento desta nossa família de laços não sanguíneos mas muito fortes. O Pedro é lindo de morrer, simpático como nenhum outro bebé, calminho que dá gosto e fofo, fofo, fofo. Quero um igual em todas as cores.

Para além das horas a rodeá-lo, ainda passeámos pelo centro histórico, jantámos num restaurante maravilhoso, (re)visitámos os locais turisticos, comemos muito e conversámos outro tanto.






Lá cumpri a minha "obrigação" bienal: EU FUI!! ao Rock in Rio. Desta feita para ver os Muse, com direito ainda a Xutos e SnowPatrol. A companhia nunca é a mesma: este ano, a da minha prima Margarida. Com esta acompanhante, a diversão estava garantida. Junte-se um amigo encontrado por acaso no recinto, bons espectáculos e temos uma tarde/noite bem passada. As voltinhas que ainda pude dar por Lisboa, durante o dia e meio que lá estive, souberam supimpamente. Cada vez gosto mais daquela cidade!
Fotos, não há. A mochila já era suficientemente pesada. Mas arrependi-me...Tal não aconteceria se tivesse repetido o grupinho de há 2 anos...

Na rubrica aniversários temos ainda as seguintes trintonas a quem tenho de dar publicamente os parabéns: a Paulinha (parabéns, noivinha!!!), a Sofia (cuja abertura da garrafa* foi um sucesso e um alívio inesperado) e a Taralhoca, esta sim, no próprio dia!!! É hoje! Parabéns, amore!!

E pronto, pequenada, está feito. Até daqui a 2 meses?

*Quando a Sofia fez 30 anos, a Mia lembrou-se de que os presentes escrevessem num papel quem achariam que a aniversariante seria dali a 5 anos. Cada um escreveu de sua justiça, enrolou o seu papelinho e depositou-o numa garrafa de vidro. A mesma não foi lançada ao mar mas ficou encerrada durante este tempo. No passado dia 29 fez-se a abertura, entre risos e lágrimas de emoção.
Eu quase chorava de alívio, pois durante estes 5 anos achei que tinha escrito uma profecia que não se concretizou (melhor dizendo, não perdurou). Ufaa...



quinta-feira, março 18, 2010

Finalmente, livrei-me do imbróglio que há três posts atrás relatei. Eram perto de 40. Entre eles, bufaram, gritaram, talvez tenham esperneado. No fim, bateram palmas e congratularam-se por tudo ter corrido tranquilamente. Com efeito, ninguém chegou a vias de facto. Nessa medida, foi positivo.
Riscado um peso das costas.

terça-feira, março 16, 2010

O Tutear

Não sou pessoa de grandes formalidades. Sou até bastante, muito, descontraída. Na maneira de vestir, de ser, de estar. Comigo e com os outros. A aposição do "Dr.ª" atrás do meu nome não me causa satisfação acrescida e a sua ausência não me belisca a dignidade.
Irritam-me aqueles que se apresentam como se tal título fizesse parte do seu nome: "Bom dia, sou a Dra. X". A não ser que tal conste da certidão de nascimento, abstenham-se!!

Mas daí a perfeitos desconhecidos tratarem-me, mulher de quase 30 anos, por TU, vai uma distância bem grande que perfiro não seja atravessada. Já me causa certa mossa em situações casuais, como num cinema, num café, numa direcção pedida na rua, mas tolero. Mas fazerem-no quando me encontro no exercício do meu trabalho? A simpatia que tanto me é atribuída por estas bandas (modéstia à parte), sai pela janela. Sobretudo quando insisto em tratar o meu interlocutor na 2ª pessoa do plural e sou sobejamente ignorada.

TUdo tem limites.

sexta-feira, março 12, 2010

Óscares 2010

Já não há Óscares como antigamente. É com esta frase saudosista que resumo a passada noite de domingo.
Os 3 com que me reuni dormiam a sono solto. Não os culpo: desde os vestidos (excepção para a Sandrinha - que apesar do baton que não me convenceu - estava linda), à dupla de anfitriões que eu esperava hilariante e saiu morna (muito à custa do pouco tempo de antena que lhes foi dado), à desinspiração dos apresentadores de cada categoria (bravo Ben Stiller, o melhor da noite), passando pelo mau humor do George (too much Nespresso?), à ausência de momentos musicais, como a interpretação das canções nomeadas (embora a coreografia ao som das bandas sonoras tenha sido brilhante), à total falta de surpresas relativamente a todas as principais categorias, culminando com uma cuspidela do vencedor de melhor filme do ano pelo Tom.

A vitória do Hurt Locker não me causou amargo de boca. Não o vi. Já a derrota do Avatar poderia ter tido esse efeito em mim, não fosse estar já tão anestesiada por toda a falta de sal das 4h passadas.
A falta de açúcar nos meus tradicionais crepes, essa sim, fez-me mossa.

terça-feira, março 02, 2010

Um fim de semana de Segredos

Acalmem-se as mentes curiosas: não foram reveladas confidências ou desvendados quaisquer mistérios.
Simplesmente, apesar dos raios, trovões, ventos ciclónicos, árvores arrancadas pela raíz bloqueando estradas, telhas voadoras e outros que tais, a EBA saiu do conforto do lar para ir dançar por boas (outras nem tanto) causas. Dançar os "Segredos".

No sábado, o destino era algo aventureiro: Avelãs de Cima. Levem jantar, avisaram-nos, nas redondezas não hão-de encontrar alimento. Mapas vários foram downloadizados da Internet, nenhum exaustivamente esclarecedor. O caminho, por entre estradas secundárias, ladeadas por ameaçadoras árvores ululantes.

Mas chegámos. Da organização, nem vivalma. A """"""""sala de espectáculos"""""""" (não, a tecla das aspas não ficou presa) era gelada, mas mais convidativa que o temporal no exterior.

Éramos convidados de um espectáculo de uma escola local de dança jazz. Não sei até que ponto este blog é lido. Presumo que por poucos, mas nunca se sabe que alma incauta, googlando "Avelãs de Cima" ou "espectáculo de jazz" lá realizado possa vir cá ter. Assim, aconselha-se prudência nos comentários. Moving on.


Domingo, fomos dançar para o Haiti.


...



(pausa para eventuais exclamações de incredulidade)



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ou melhor dizendo os "Segredos" foram levados a um espectáculo de beneficiência a favor do Haiti (chegaram antes dos compatriotas ilhéus...).

O fim de semana terminou à volta das 30 velas da Ni. (Shhhh, é segredo...)

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Aviso à navegação

Sei que já cã não venho há... tempo demasiado.
E também só ca venho neste momento para declarar a entrada (minha) num processo de insanidade mental.
A falece, no estado de viúvo. Deixa 9 filhos, todos falecidos. Dos herdeiros desses filhos, uns estão vivos, outros faleceram e dos herdeiros destes alguns também já bateram a bota. Vão vender o #2%?r#&! da casa a um comprador que se fosse esperto escolheria uma que não desse tanto imbróglio e querem que trate do assunto.
Tenho um "estendal" na mesa: árvore genealógica de 2 metros, desdobrável, inúmeros mapas de partilha, rascunhos de contas. A barriga já retorce de cólicas e a cabeça lateja de dor.
Vou ficar louca. Tenho dito.

quarta-feira, janeiro 20, 2010

São Gonçalinho

Neste dia, de festança,
p'ra ti vai nosso carinho
Hás-d'ir conosco na dança,
Ó rico, São Gonçalinho;
Hás-de saltar as fogueiras,
à noite no arraial,
Dançar com velhas gaiteiras,
Uma dança divinal

É esta música, entre outras, que se ouve e canta repetidas vezes durante a arruada do S. Gonçalinho, que percorre as ruas da beira mar ao final da tarde da 2ª feira das festividades.
De braço dado e passo gingão, muitas vezes de cavaca na mão, esta é uma tradição que para mim tem cerca de 15 anos, tantos quantos os da minha amizade com a Sofia.

Mais recente é a tradição de partilhar parte do domingo anterior com esta família. A meio da tarde dirigimo-nos à capela de S. Gonçalinho, do cimo da qual se atiram as cavacas, em jeito de cumprimento de promessa. Segue-se o jantar farto: homens de um lado, mulheres do outro; com o passar do tempo, a linha divisória esbate-se. Mas não a alegria, as conversas cruzadas, os bons petiscos e a apuradíssima chanfana da D. Elisabete.
Este ano, o domingo trouxe novidade: 2 amigas de Castelo Branco, que largaram a neve da sua cidade pela "neve de açúcar" que se desprendia das cavacas atiradas do alto da capela. A generosidade do Santo, que está na base deste costume, é entendida por uma delas como um atentado bárbaro à comunidade leprosa, alvo das oferendas do santo. Que o pão duro atirado do cimo das muralhas é arma letal para criaturas com membros tão frágeis como eles. Enfim. Comeu e gostou. Subiu, atirou e mais gostou ainda.
Novidade foi também o "João da Sofia". A caminho da capela, qual pai pai Natal, de saco às costas recheado de cavacas, queixava-se: 7 kg? Se é pelo simbolismo bastava atirar uma! Já lá em cima, os queixumes transformam-se em pedidos de "mais 20 kg!"; tão imbuído que fica do espírito que contrai lesão muscular ao atirar uma cavaca em jeito boomerang.

As meninas partem rumo à neve a sério. Nós, resgatando a outra Mia, refugiamo-nos no quentinho da sala familiar. Há tanto tempo que somos as 3 e nem uma foto conjunta temos. O Bita, fotógrafo de serviço, trata de fazer o "retrato das manas".

A festa termina à meia noite de 2ª para 3ª, com um belíssimo fogo preso/de artifício acompanhado de música de cabaret(??), o que apesar de invulgar para a comemoração em causa, produz um efeito e uma excitação grandiosos. Lindo!

Do Santo diz-se que é santo para toda a causa, mas também que é vingativo. Nunca senti a sua ira ou retaliação, apenas a alegria das coisas boas que desde pequena sempre me proporcionou.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

O início e o fim

Numa mesma semana, um nascimento e uma morte.
Segunda dirijo-me ao Hospital para ver uma amiga e a sua linda filhota. Tão pequenina quanto perfeitinha. A mãe transmite saúde e alegria. Parece que sempre foi mãe.
No átrio, enquanto nos revezamos nas visitas, converso com uma amiga que há muito não via. Conta-me como o pai esteve gravemente doente; embora ainda internado, confia na sua boa recuperação e a segurança que nos transmite faz-nos crer que nada para além de um desfecho feliz se avizinha.
3 dias depois a noticia chega. A esperança acabou.

Numa mesma semana, uma vida que começa, outra que se apaga.

terça-feira, dezembro 29, 2009

AVATAR

O Natal foi lindo, como sempre. Bem, não como sempre, mais feliz e animado do que nos anos anteriores. Assim me pareceu. Todos estavam bem dispostos, com espírito natalício, o barulho das nossas vozes era ensurdecedor (o que é um excelente índice de bom ambiente), a noite passou a voar.
Este ano deixámos a missa do galo para os incautos que ainda desconhecem a verborreia ridícula e incessante do pároco de terra próxima. Assim, jantámos mais tarde; apresentámos uma montagem de fotos de toda a familia desde os tempos mais idos até à actualidade, com banda sonora de qualidade; abrimos as prendas sem olhar para o relógio (com um dos meus tios, o mais "trinca-piolhos", de minuto a minuto a meter-se conosco, os adeptos da dita missa, do alto de uma cadeira, perguntando: não vão missa do galo?).
Este ano não houve "desertores": todos dormiram na casa grande e fria que acolhe o nosso Natal. Nem me importei de partilhar a cama, dormindo assim menos bem.
O dia de Natal foi a continuação da celebração familiar da véspera, com muitos filmes à mistura.

Mas o que me fez sair do torpor e impulsionar a vontade cada vez menos frequente de arrancar frases ao teclado, foi o filme que dá titulo ao post de hoje.
Decidi vê-lo, sem muita convicção, no sábado dia 26, numa tarde em que muitos andavam às trocas dos presentes de Natal, outros tantos no cinema e eu sem companhia para nada fazer. O lugar na 2ª fila e os óculos 3D quase me demoveram do intento.
Salvé a persistência!

Há muito que um filme não me preenchia tanto, fazendo-me querer correr para casa para comentar o que tinha visto e incentivar outros a vê-lo. Procurei críticas, de espectadores, como eu, e de críticos mais abalizados. Muitos partilhavam o meu deslumbramento.
Não será um filme de grandes interpretações ( que não é, mas também não é filme para tal), terá alguns clichés. Seja.
Mas é um filme visualmente arrebatador. Um filme emocional. Que me fez sair da sala de cinema feliz. E com vontade a todos falar dele.

(E giros, que são os "mostrengos azuis", como lhes chamou o Miguel ;))

E eu nem sequer tive a experiância a 3D, uma vez que da fila onde eu estava os óculos pouco mais eram que um acessório inútil...

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Será que me atrevo a dizer... que estou com um espírito natalício e com uma vontade imensa de gozar os próximos 2 dias como há muito não sentia?
Atrevo!!

FELIZ NATAL para todos!!

quarta-feira, dezembro 02, 2009

E acabou

Por aqui, a contagem decrescente terminou uns dias antes. Fruto da azáfama dos últimos dias. Sábado passado num vai e vem de casa para o Teatro, a levar os últimos adereços, horas a fio num ensaio geral onde tudo correu mal, a fugir da chuva que não parava de cair.

Domingo é dia de estreia, difícil conciliar o sono. Chega-se cedo ao teatro, para ensaiar mais uma vez o que correu menos bem, para verificar luzes que no dia anterior não funcionaram, para almoçar (mais uma vez massa!!) no chão do corredor entre os camarins, para pentear e ser penteada, pintar, aquecer, gritar em coro e finalmente... dançar.
Abro o espectáculo: a responsabilidade continua a tolher-me as forças das pernas e não consigo ser eu, libertar-me e aproveitar o meu sonho. Mas a dose de nervos esgota-se naquele minuto e meio. 30 segundos para trocar de roupa, ali mesmo na pernada do palco, e entrar novamente: e agora sim, acompanhada das outras bailarinas, danço com alma, com gosto, com pés firmes no chão ou pernas bem lá no alto.
O 1º acto termina depressa. Com igual rapidez trocamo-nos de freiras para desengonçadas marionetes. Que gozo me dá este papel!
3º acto: soldados. O longo marchar em cima das pontas é penoso, mas só nos apercebemos no final.
Durante o espectáculo, nas pernadas, vamos torcendo pelos nossos colegas, sentindo um nervoso miudinho por eles, torcendo as mãos nas partes que sabemos serem mais dificeis, dando pulos de alegria quando algo lhes sai bem, sentindo a felicidade deles em nós.
Nos agradecimentos, sorrio de felicidade. O saldo foi francamente positivo!
Segunda e terça a jornada repete-se. Com igual sucesso.
No descer do último pano, as lágrimas correm-me já pela cara. Abraçada a duas amigas que se comportam como eu, ouço: "Estas choram sempre". É a Paulinha, de 10 anos, que ainda não percebe a dor de ver um pano fechar definitivamente sobre um trabalho que começámos a preparar há mais de um ano e que apresentámos 2 vezes. Que ainda tem anos de palcos pela frente e não percebe o doloroso que é pensar no pouco tempo que me resta a mim em cima deles...
Para enxugar as lágrimas, nada melhor que o jantar que se seguiu, com bailarinos, professores e técnicos. Será possivel rirmo-nos e divertirmo-nos cada vez mais? Cantando versões hilariantes de músicas conhecidas, observando os mais cómicos imitarem os maneirismos de cada um dos bailarinos do espectáculo e rindo até à exaustão, penso no quão feliz sou junto daquelas pessoas, fazendo o que mais amo na vida. E desejo que não acabe nunca.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Faltam 2 dias


E é incrível como apesar de ainda não ter chegado, já penso na falta que me farão estes ensaios, estas horas "perdidas" entre brincadeiras e fitas de cetim cor de rosa...

quinta-feira, novembro 26, 2009

Faltam 3 dias

E agora sim, pela 1ª vez, senti o corpo a contrair-se de nervos e ansiedade.
Cheira-me que vou precisar de um Lexotan já esta noite...

quarta-feira, novembro 25, 2009

FALTAM 4 DIAS

Uma reposição não se pode propriamente equiparar uma estreia.
Já tivemos o feedback do público, a noção do que resultou ou não, o melhor aproveitamento do espaço nesta ou noutra passagem da coreografia.
Mas faltam quatro dias e o sono já me começa a ser mais leve e o meu olho tremelica como nunca.

A emoção pode ser diferente mas é igualmente intensa.

The hills are alive... again