bailaroska

Bailaroska. (Quase) desde sempre e para sempre. Mesmo quando as pernas já não executarem um perfeito arabesque, quando os pés não aguentarem as pontas e o equilíbrio se for. Porque mais do que uma ocupação, ser bailarina é um estado de espírito e um modo de vida. O meu. Aqui fica o relato das minhas piruetas, dentro e fora dos palcos...

segunda-feira, junho 30, 2008

Esta é A música

Quando a ouvi há uns largos meses num programa sobre a Anatomia de Grey, colei completamente. Rendi-me. Que voz, que sentimento, que que...
Fiquei feliz por ver a Super Bock pegar nesta maravilha...

http://br.youtube.com/watch?v=xq-ZmAYLeB8

I was made for you...

terça-feira, junho 24, 2008

Um manjerico e um balão na noite de S. João

Longe vão os tempos das noites quentes de S. João.
Ainda assim, foi possível um mergulho na piscina e o inicio da perda do branco imaculado que me caracteriza.
A brisa do fim da tarde não impediu que a sardinhada se fizesse cá fora, no jardim, à luz de tochas e ao som de um forró (as marchas - curiosamente de Benfica- vieram mais tarde).
Também não gorou o lançamento do balão, este ano com mais um par de mãos a ajudar ao desempenho. Pelo menos do 2º, já que o 1º ardeu com algum dramatismo a centimetros da mesa onde ainda se acabava a sobremesa.




O espectáculo de pirotecnia foi mais reduzido do que nos anos anteriores, mas sem desprimor: um belo fogo preso a arrancar uma salva de palmas aos presentes e a deixar um cheiro intenso a bombinha de mau cheiro.







Nesta noite de estreia para um dos foliões, houve marteladas a dar com um pau (salvo seja!). Cabeças carecas, cabeleiras fartas, pequeninas, enchapeladas, desprevenidas: nenhuma foi poupada à estreante mas possante e temível marreta do Miguel. Nós íamos ajudando à festa, confortados por nos encontrarmos do seu lado e não nas fileiras inimigas.

Hora e meia de volta na Avenida e regresso exausto a casa, para uma cama improvisada no chão da sala, que apesar de duro me parece agora muito apetecivel nesta tarde longa de trabalho...

sexta-feira, junho 20, 2008

De volta

Mais cedo do que o habitual. Muito mais cedo do que nos acostumámos. E do que merecíamos...
Ainda havia muito hino para cantar, muita bandeira para agitar e muita voz para enrouquecer.

Desta vez, e pela 1ª em mais de uma década, não houve lágrimas. Uma desilusão silenciosa, um arrastar de pés para casa, um banho quente, um deitar cedo.

terça-feira, junho 17, 2008

E na última semana foi assim...

Ao que parece, a minha "vida social" é considerada agitada...
Mas que culpa tenho eu se as últimas semanas têm sido de festa?
Rock in Rio, festas de aniversário e casamentos.
E pelo meio alguns passeios. A saber:
1) Feriado Nacional: dia de Camões, de Portugal, das Comunidades. E da raça, ao que parece...
Nós por cá decidimos acordar bem cedo, aproveitar o bom tempo e rumar à Ericeira. Esperava apenas uma praia com ondas apetecíveis aos praticantes de surf. Saiu-me uma vila encantadora, quase grega, de casinhas caiadas de branco e caixilhos azuis. Ruinhas estreitas mas bem cuidadas. Esplanadas sobre o mar e um peixinho grelhado saboroso. Um escaldão nos ombros de tanto querer passear mais e mais.





No regresso, Mafra: 30 anos volvidos sobre o serviço militar. O recordar desse tempo foi o mote para a visita, breve, desta cidade.

A imponência do convento/ palácio de Mafra é apelidada de mamarracho. Ai se o Rei ouvia...
Não resistimos a passar por Óbidos, que eu não conhecia.
Uma ginjinha, um pastel de amêndoa e o deslumbramento daquela povoação entre muralhas.














2) Eu é mais S. João, marteladas e balões.
Mas este ano decidi experimentar o amigo, pelo que a semana de trabalho termina ao almoço de dia 12 e é de comboio que chego a Lisboa para comemorar o Santo António.
O S. Pedro também decidiu ser amigo e presenteia-nos com um dia e uma noite de Verão tropical. Calor!!!!!
As anfitriãs são as meninas de uma casa com vista sobre o Tejo no largo das Portas do Sol. Os convivas esperados são muitos pelo que há que deitar mãos à obra. Mesas e cadeiras são levadas para o pátio, sobremesas são feitas e o fogareiro começa a tentar funcionar. Nem as dicas do vizinho, cuja fogueira nos humilha, nos salvam e as febras, cobaias da nossa inexperiência, continuam algo pálidas. Vale-nos a pronta ajuda de uma convidada que chega.
A sangria experimental da Sofia é provada e aprovada. As sardinhas começam a chegar, deliciosas, aos nossos pratos. A conversa anima. Ainda não saimos de casa e a boa disposição já é imensa. As ruas estão repletas de uma multidão que animada pelo calor abrasador que àquela hora ainda se faz sentir canta e dança ao som de música umas vezes popular, outras nem tanto... Percorremos a animação dos bairros típicos de Lisboa, parando para um copito ou um pézinho de dança.

Tanto andamos e furamos que às 2.30 da manhã os pés pedem descanso. A romaria termina em casa das meninas, onde a conversa e as brincadeiras se prolongam até de madrugada.
Caimos na cama exaustas.

O dia seguinte é o do regresso. Pelas ruas hoje calmas do feriado, vou descendo até à Estação de Santa Apolónia, parando de quando em vez para retratar imagens únicas: os tronos de Santo António, as ruas engalanadas, as velhotas nas escadarias de Alfama a cantarem Beatriz Costa...






Próxima paragem: São João, São João, São João, dá cá um balão para eu brincar...

quinta-feira, junho 12, 2008

Não custa nada!!!!!!!

A 1ª fase já está: dois jogos e a apuração para os quartos de final em 1º lugar do grupo.

Venham agora os Nanis, os Quaresmas e os Hugos Almeidas mostrar que com a selecção "B" também conseguimos brilhar.

PORTUGAL!!!!!!!!!!

Será que é desta?

quarta-feira, junho 04, 2008

This weekend rocked!!!

Eu fui!!!

E digo-o com entusiasmo. A minha segunda presença no Rock in Rio foi ainda mais bombástica que a primeira, dando (ainda) azo a alguns suspiros de saudade mesmo após 4 dias.
Às 9.30 já eu apanhava o Intercidades com destino a Lisboa, onde após umas viagens de metro pela linha vermelha e verde para deixar o "estendal" em casa da minha querida anfitriã, me refastelei no Vasco da Gama com uma bela lasanha de carne como alimento e as minhas companheiras de Rock como entretenimento.
Um último copo de água e uma derradeira ida à casa de banho: dentro das 10h seguintes, tais seriam actividades estritamente proibidas. Um Swirl de canela para experimentar, as primeiras fotos no metro e a chegada à Bela Vista meia hora antes da abertura de portas.
S. Pedro foi amigo e enviou um céu limpo e um sol quentinho. Valeram os chapéus de umas e as "burkas" de outras.
O ar de terrorista não devia ser convicente: parca vistoria às nossas mochilas e eis-nos dentro da Cidade do Rock.

Breve volta de reconhecimento pelo recinto; não tão breve que tivesse impedido as moças albicastrenses de reunir (quase) todos os brindes distribuidos pelas várias patrocinadoras do evento: elas eram estolas de plumas, boias de borracha em forma de pato (pobre Américo, esvaziado em 3 tempos aquando do aperto da multidão), fitinhas de pulso... Não fora a minha firme censura e aqueles braços viriam carregados de balões em forma de coração, sofás insufláveis da Vodafone e saquinhos da SIC.
Descoberto o sítio ideal, a poucos metros do palco, deitamo-nos no "relvado", matando o tempo com nova sessão fotográfica.
Às 18.15 a multidão agita-se e, apesar de ainda faltar quase 1h para o inicio da maratona musical, somos forçadas a levantar-nos. Descanso, só o veremos dali a quase 8h.
O espectáculo não podia começar melhor, com os brasileiros Skank a animarem brilhantemente as 75 mil pessoas ali presentes. O público correspondeu e aquela hora de verdadeira festa voou.
Uma pequena pausa (nota máxima para a eficiência da produção e a pontualidade britânica - ou brasileira, canadiana, espanhola e americana - dos concertos) e uma Alanis Morrisete mais gordinha e mal vestida surge à nossa frente. Da 2ª vez que a vejo em palco, reafirmo o que já sentira: não é uma artista que empolgue, mas o facto de todas as canções que apresenta serem verdadeiros hits, conhecidos por todos, faz com que não saiamos desiludidos.
Segue-se o espanholito Alejandro Sanz, cujas músicas eram apenas conhecidas da nossa Taralhoca, que as cantou de cabo a rabo com pronúncia irrepreensível. Surpresa estava reservada para "Corazón Partio", cantada em dueto com a exuberante Ivete Sangalo.

A última pausa da noite e o concerto mais esperado.
Pausa também aqui neste relato para uma pequena confissão: em adolescente, eu era uma enorme fã dos Bon Jovi. Daquelas que forram o quarto com posters da banda (o tecto salvo por intervenção matriarcal), têm 20 t-shirts compradas em cada tenda que venda uma diferente, coleccionam todos os álbuns e cassetes de video, compram revistas de música só porque no canto superior direito da página 20 aparece uma pequena noticia sobre as férias que o guitarrista está a fazer em familia nas Ilhas Mauricias, sabem todas as músicas de cor, mesmo as foleiras, nome completo de cada um, bem como da família, cão e periquito.
Os "teen" já lá vão e a panca, obviamente, desapareceu. Continuei a gostar da música deles, a comprar os álbuns que iam saindo, mas os mesmos foram ficando esquecidos na estante.
Ora, na noite de 31 de Maio para 1 de Junho senti-me novamente com 15 anos.
Saltei, cantei (músicas que já não ouvia há anos mas das quais ainda me lembrava na íntegra), vibrei.
Quer se goste ou não, os rapazes de New Jersey fazem excelentes espectáculos. A interacção com o público, a emoção, disponibiliadde e entrega durante aquelas 2 horas é indiscritível.
Às 2 da manhã estávamos com o coração cheiínho.
As meninas ainda ficaram a fazer horas para o comboio que ainda iriam apanhar. Eu segui a multidão para o metro e em 10 m estava no cais do Sodré. Pior foi a mais de 1h de seca que apanhei na paragem de taxi. Valeram os videos e as fotos que tinha tirado durante o dia: entre recordações recentes, cheguei a casa da Sofia nas Portas do Sol.
Já o sol ía alto quando me levantei. Banho tomado para seguir para o Pois Café, um daqueles sitios fantásticos que em qualquer recanto de Lisboa se encontra. Nova lasanha, desta feita de bacalhau, uma tarte de natas e chocolate e muitos dedos de conversa.
O estudo esperava a Sofia, a mim, o comboio de volta para Aveiro.
Eu fui!
E ía de novo...