bailaroska

Bailaroska. (Quase) desde sempre e para sempre. Mesmo quando as pernas já não executarem um perfeito arabesque, quando os pés não aguentarem as pontas e o equilíbrio se for. Porque mais do que uma ocupação, ser bailarina é um estado de espírito e um modo de vida. O meu. Aqui fica o relato das minhas piruetas, dentro e fora dos palcos...

segunda-feira, novembro 24, 2008

E daqui a um mês já é Natal...

Daqui a um mês já estarei em casa dos meus avós, entre o calor da lareira acabada de acender pelo meu avô e a cozinha onde a minha avó frita as primeiras rabanadas, que como ainda a escaldar. Os primeiros sabores do Natal. Lentamente, chegarão primos e tios, a casa ganhará vida, cor e reboliço. As mulheres afadigar-se-ão na cozinha, as iguarias das respectivas terras serão dispostas sobre a mesa e começará a festa.

Falta apenas um mês. Que passará a voar, entre fins de semana prolongados, ensaios de ballet, chegada de uma amiga após meses de ausência, jantaradas com amigos, a armação do pinheiro, as inevitáveis compras, o primeiro bolo-rei...

sexta-feira, novembro 14, 2008

Abro esta página todos os dias. E de cada vez que o faço olho para data do último post e sinto a necessidade de actualizar o blog. Mas as ideias não vêm, a vontade escassa e o "daqui a bocado" arrasta-se.
Revejo "crónicas" de meses e anos passados e descubro que de quando em vez conseguia escrever algo com remoto interesse ou algum humor. Ultimamente, as ideias não surgem e os dedos não deslizam no teclado.

A verdade é que ultimamente ando sem energia, sem rasgos de vontade e entusiasmo...
Talvez o fim do ano a pesar...
Onde tal se reflecte mais, para grande tristeza minha, é no ballet, aquele que sempre foi o meu escape após um dia de trabalho.

Sinto-me a regredir, a não alcançar o nível habitual, a falhar o básico; falta-me a força de vontade para ir mais além e o espírito de sacrifício que muitas vezes é exigido a uma bailarina. A imagem que o espelho reflecte também não ajuda e por muito que puxe o fato para cima ou a saia para o lado, o desconforto não desaparece... e isso reflecte-se nos movimentos, na graciosidade que devia ter e não tenho e de pensar assim ainda é pior e é uma bola de neve e... desespero-me e desisto. Não vale a pena, não consigo. "Não consigo não existe", dizem-me. Ultimamente, para mim, a impossibiliadde é real...

As mais novas riem-se e dizem que estou velha. Será que a brincadeira tem fundamento e a idade já pesa?...

Um dia vou ter de tomar a decisão... mas não queria que fosse já...