bailaroska

Bailaroska. (Quase) desde sempre e para sempre. Mesmo quando as pernas já não executarem um perfeito arabesque, quando os pés não aguentarem as pontas e o equilíbrio se for. Porque mais do que uma ocupação, ser bailarina é um estado de espírito e um modo de vida. O meu. Aqui fica o relato das minhas piruetas, dentro e fora dos palcos...

domingo, abril 29, 2007

Dia Mundial da Dança

Dia Mundial da Dança

Este ano não o comemorei nem activa (dançando) nem passivamente (observando). Outros compromissos fizeram com que não assinalasse de forma devida aquele que é o nosso dia.
De qualquer forma, a dança está aí, não só no dia 29 de Abril mas em todos os outros, nas escolas, academias, teatros ou até bares.

O que também anda muito por aí são idiotices mascaradas de dança ou composição coreográfia, ou o raio que lhes quiserem chamar. A um gajo que durante 25 minutos parece tentar expelir o seu jantar, seja pelo canal situado na parte traseira do seu corpo, seja por aqueloutro por onde o dito repasto entrou, acompanhado de movimentos análogos a um cão com cio, podemos chamar tudo: intérprete, actor, palhaço, idiota... o que for. Mas bailarino é que não!

O Teatro Aveirense chama-lhe Dança Fora de Horas, eu prefiro apelidá-la de Parvoíce Fora de Horas...

Não fosse a Geta e o João terem dançado minutos antes no Mercado Negro e a noite teria sido um fiasco...

segunda-feira, abril 23, 2007

Absolutamente entediada!!!

São tão poucos os afazeres, que até me posso dar ao luxo de postar em pleno horário de expediente!!!
Trabalhar muito cansa, mas pouco também!!!! É incrível a ginástica mental que tem de ser feita para descobrir formas de ocupar o tempo... Pelo menos mantenho-me informada, já que o site do Público está sempre à mão de ser consultado...

Aborrecida...

quarta-feira, abril 18, 2007

The Sound of Music... and of E.B.A

E eis que, no sábado passado, chegou o dia da visita de estudo anual da E.B.A.
Há 2 anos, deslocámo-nos à capital para ver o bailado D. Quixote, o ano passado, fomos a Santa Maria da Feira assistir ao musical Fame e este ano, Lisboa foi mais uma vez o destino escolhido, desta vez para vermos a "Música no Coração" do Filipe la Féria.

A alvorada foi bem cedo, uma vez que a partida estava prevista para as 7.45! Carregada com 180 brigadeiros, que se juntaram às demais iguarias dos restantes ebianos, partimos para Lisboa.
As minhas ilusões de recuperar o sono perdido (tal como o programa elaborado pela directora anunciava) desvaneceram-se rapidamente ao som das primeira palavras ditas ao microfone pelos artistas de variedades J.P.P. e Valéria (nome artístico da Geta). Entre concursos de adivinhas, danças ao som de música pimba e a aparição de José Cid, encarnado no J.P.P., num medley memorável, e muitas lágrimas de riso, chegámos a Sintra.

Cid e Valéria
Como bailarino também cultiva o cérebro e o espírito, a nossa 1ª paragem nesta vila maravilhosa foi no Museu de Arte Moderna, onde pudémos disfrutar da beleza de peças da colecção Berardo (continuo a dizer que pretendo mobilar e decorar a minha casa à custa destas) e ainda imitar algumas das esculturas expostas.
...

Depois de um breve espectáculo de rua proporcionado pela prof. Ana e pela Di (típco!!), o tão esperado almoço pic-nic no Parque das Castanheiras.
As mesas enchem-se dos mais variados petiscos (bailarino não come só maçãs!!) e a luta pela fatia de salame de chocolate é renhida.
Segue-se a sessão de fotos em poses previamente estudadas.
Parque das Castanheiras

À tarde, nova visita cultural: o Museu do Brinquedo, com mais de 40.000 brinquedos de anos tão distantes (embora ainda tenha reconhecido alguns deles como parte da minha infância).
Após uma gulosa incursão à Piriquita, para degustação de um dos doces tradicionais de Sintra, os travesseiros (deliciosos...), a animada camioneta deixa-nos no Parque das Nações para terminarmos (ficou a tentativa...) com o infinito farnel (pela mão férrea da Joca, que praticamente nos empurra panados pela goela abaixo).

Finalmente, chegamos ao Politeama para assistirmos ao espectáculo que nos levara ao sul: a Música no Coração espera-nos. 10 anos se passaram desde que este musical foi por nós interpretado. Dos bailarinos dessa época, restam poucos, alguns pequenos demais para se lembrarem com rigor daquela que foi a nossa primeira "grande produção". Não para mim, que contava já com 16 anos, pelo que as minhas memórias são perfeitamente nítidas, o que faz com que não tenha conseguido evitar a emoção de ver a minha "Maria" interpretada pela Lúcia Moniz.
O facto de ser em português, quando o ouvido está tão habituado a ouvir aquelas músicas em inglês, e de se tratar de um dos meus filmes preferidos (visto e revisto tantas vezes que sei todas as falas de cor), fez com que as expectativas não fossem elevadas. Tanto melhor, pois fui absolutamente surpreendida pelo quanto adorei o espectáculo. Desde cenários,a interpretações, adaptação das músicas, vozes... tudo me encantou e me fez querer voltar.
Ficou também a vontade de repor o bailado...

Mas a noite está longe de terminar, pois em vez do sono descansado pelo qual já todos ansiávamos, temos nova dose de folia, com sketches do Gato Fedorento, cantorias de músicas intemporais e a Música no Coração berrada a plenos pulmões até à porta da escola.

Para o ano há mais!

sexta-feira, abril 13, 2007

Uma década...

Sexta feira passada, passeando pelas ruas de Barcelona com os meus amigos, dei-me conta de que há 10 anos atrás me encontrava também em viagem, a 1ª que fiz entre amigos, sem a companhia da família.

10 anos se passaram sobre a viagem a Londres.
Uma viagem de liceu, com o "supervisionamento" de meia dúzia de professoras mas com o sabor da primeira liberdade. Com os nossos 16 anos, sentiamo-nos regozijados com a possibilidade de nos "desenvencilharmos" sozinhos em terras estrangeiras: treinar o nosso inglês, andar de metro pela cidade toda, escolher os nossos itinerários, preencher as nossas horas livres...

Image Hosted by ImageShack.us

10 anos. Não me sinto velha, afinal, ainda estou na casa dos 20, mas custa aceitar que já tenhamos memórias com uma década, e que as mesmas não se reportam à nossa infância...


Também na mesma semana, embora 6 anos mais tarde, portanto há 4, saí do nosso Portugal para mais uma viagem de amigos, rumo ao Brasil. Desta vez, éramos já estudantes universitários, finalistas de Direito. As caras eram diferentes, mas o sentimento de união ainda mais forte. Afinal tinha por companheiros aqueles que são hoje os meus melhores amigos.

Brasil
4 anos; não são tão pesados como os 10 de Londres, mas o decurso destes 4 anos custa-me ainda mais a assimilar, pois separa-me de um período de grande felicidade da minha história.
A vida em Coimbra, o convívio diário com os amigos, a despreocupação de estudante, as noitadas de diversão, os passeios pela Baixa...

Mas, como diz a Sofia, o importante é que continuemos a construir muitas mais memórias destas. O que, com amigos como os meus, não é difícil...

segunda-feira, abril 09, 2007

Infelizmente de volta

Poucos, mas magníficos. Um par de dias podem deixar recordações inesquecíveis, se vividos intensamente.
A estadia em Barcelona foi fantástica, deixando um sabor a (muito) pouco...

A viagem teve início na 4ª às 22.30, com partida de Aveiro. No carro devidamente guarnecido (ou não estivéssemos a falar da família do Miguel), seguiam os 4 companheiros de viagem: eu, o Miguel, a Tânia e o Bruno. Boa disposição a rodos e Barcelona marcada como destino no GPS.
Entre paragens para abastecimento de combustível (quer do carro, quer nosso), algumas sonecas e até neve à passagem por Madrid, chegámos ao amanhecer à capital catalã. Já lá íam 11 anos, mas recordava-me perefitamente das ruas, dos edifícios, do ambiente...

Aproveitando as 3 horas que nos separavam do merecido descanso, e porque o corpo estava demasiado cansado para grandes caminhadas, visitamos o Camp Nou, com direito ainda a assistir a um pouco do treino do Barça, apesar da chuva que caía.
Apesar do apelo da cidade ser grande, é-nos impossível não cair na cama até à hora do jogo.

Assim, às 18.30 rumamos ao Estádio Olímpico, engalanados com as cores vivas do nosso clube, e encontrando compatriotas pelo caminho. Até o motorista do autocarro que até lá nos conduz, provavelmente adepto do Barça, nos deseja boa sorte, pelo meio de insultos dos adeptos do Espanhol.
A chuva cai, mas o ânimo não esmorece. Bem cedo começam os cânticos de incentivo ao S.L.B., os aplausos aos jogadores que vão aquecendo e os prognósticos sonhadores.

Estádio de Montjuic

A realidade revela-se bastante diferente, e apesar de procurarmos não descurar o incentivo à equipa, ao 3º golo do Espanhol a frustração de ter feito tantos km para vermos o Benfica desclassificar-se, começa a apoderar-se de nós.
Felizmente, o curso da história altera-se e ainda vamos a tempo de conseguir calar os adeptos adversários, enchendo o estádio da nossa alegria. Não foi o melhor resultado (3-2), mas deixa-nos ainda com bastantes hipóteses para a 2ª mão.
A viagem de regresso, já sem a ansiedade da ida e sem a chuva ameaçadora, é feita a pé, disfrutando da agitação nocturna da cidade.

A visita à cidade começa bem cedo, pelo menos para mim, já que me faço à "estrada" sozinha, deixando os restantes 3 a descansarem mais um pouco. A pé, ando km, percorrendo ruas que me são familiares, que despertam em mim recordações antigas, outras cujo encanto descubro pela 1ª vez. Sabe-me bem andar assim, sozinha, de nariz para o ar tentando assimilar tudo o que vejo, com a memória e com a máquina de filmar.
Os retardatários chegam e juntos passeamos descontraidamente pelas Ramblas, sob um sol morno, rodeados do frenesim característico da avenida mais movimentada da cidade, com as suas tendas de souvenirs e perfeitas estátuas humanas, ladeada dos mais belos edifícios, avidamente fotgrafados pelos milhares de turistas.

Las Ramblas

Após um breve almoço, sirvo de guia pelas zonas mais emblemáticas da cidade, todas elas (ou quase todas), com o toque fabuloso do inigualável Antoni Gaudí: a casa Batló, "La Pedrera", o Bairro Gótico, a casa da música, a Sagrada Família, o Parque Guël...

Casa Batló
A hora de regresso aproxima-se, pelo que nos dirigimos ao famoso porto, para saborearmos algo de que tinha igualmente saudades: as Goffres (ou Waffles). Simplesmente deliciosas!
Já com saudade, encetamos a viagem de regresso, bem menos animada que a de dois dias atrás.
Seguimos, mais uma vez, as fiéis indicações da nossa amiga GPS, uma senhora com pronúncia algo estranha, um tanto impaciente, e conhecedora de todas as estradas de Espanha, embora com alguma aversão à A - 25 portuguesa, revelando nesta estrada tendências homicidas, dado as indicações de viragem à direita ou à esquerda no meio da autoestrada.
Chegamos de madrugada, prontos para um sono retemperador antes de cada um rumar aos seus destinos de Páscoa.

E hoje custa voltar ao trabalho, depois de 4 dias de perfeito ócio, por terras tão mais deslumbrantes que esta do pão-de-ló...

terça-feira, abril 03, 2007

BARCELOOOOOOOOONAAAA!!!!!!

Sempre que pronuncio esta palavra, vem-me sempre à memória a grandiosa música com que Freddy Mercury (apenas já em espírito) e Monserrat Caballé abriram os Jogos Olímpicos em 1992.
Agora, mais uma vez, me apetece cantar "Barcelooooonaaaa!!!!".
Isto porque... VOU LÁ!!!!

Daqui a pouco mais de 24 horas estarei a caminho dessa cidade fantástica que conheci há 10 anos. Passear pelas Ramblas, olhar o mar no porto, visitar a Sagrada Família, o Parque Guël, as obras magníficas de Gaudí... Tudo isso estará ao meu alcance dentro de pouco tempo.

O pretexto? Ver o GLORIOSO!!!!!! A 1ª mão dos quartos de final da taça Uefa joga-se em Espanha (O S.L.B. defronta o Espanhol de Barcelona) e, como o fim-de-semana prolongado de Páscoa está à porta, nada melhor do que juntar o agradável que é visitar Barcelona ao agradável de ver o nosso Benfica a jogar (e, esperemos, a ganhar).

A viagem vai ser cansativa, pois vamos de carro, com partida 4ª à noite e o regresso está marcado para 6ª à noite, deixando-nos apenas um dia completo para disfrutar dos prazeres daquela cidade. Mas tudo vale a pena!

Assim, e uma vez que para além dos afazeres profissionais tenho ainda de tratar dos preparativos (arranjar hotel, malas, etc.), desejo já a todos uma óptima Páscoa.
****