bailaroska

Bailaroska. (Quase) desde sempre e para sempre. Mesmo quando as pernas já não executarem um perfeito arabesque, quando os pés não aguentarem as pontas e o equilíbrio se for. Porque mais do que uma ocupação, ser bailarina é um estado de espírito e um modo de vida. O meu. Aqui fica o relato das minhas piruetas, dentro e fora dos palcos...

quarta-feira, junho 04, 2008

This weekend rocked!!!

Eu fui!!!

E digo-o com entusiasmo. A minha segunda presença no Rock in Rio foi ainda mais bombástica que a primeira, dando (ainda) azo a alguns suspiros de saudade mesmo após 4 dias.
Às 9.30 já eu apanhava o Intercidades com destino a Lisboa, onde após umas viagens de metro pela linha vermelha e verde para deixar o "estendal" em casa da minha querida anfitriã, me refastelei no Vasco da Gama com uma bela lasanha de carne como alimento e as minhas companheiras de Rock como entretenimento.
Um último copo de água e uma derradeira ida à casa de banho: dentro das 10h seguintes, tais seriam actividades estritamente proibidas. Um Swirl de canela para experimentar, as primeiras fotos no metro e a chegada à Bela Vista meia hora antes da abertura de portas.
S. Pedro foi amigo e enviou um céu limpo e um sol quentinho. Valeram os chapéus de umas e as "burkas" de outras.
O ar de terrorista não devia ser convicente: parca vistoria às nossas mochilas e eis-nos dentro da Cidade do Rock.

Breve volta de reconhecimento pelo recinto; não tão breve que tivesse impedido as moças albicastrenses de reunir (quase) todos os brindes distribuidos pelas várias patrocinadoras do evento: elas eram estolas de plumas, boias de borracha em forma de pato (pobre Américo, esvaziado em 3 tempos aquando do aperto da multidão), fitinhas de pulso... Não fora a minha firme censura e aqueles braços viriam carregados de balões em forma de coração, sofás insufláveis da Vodafone e saquinhos da SIC.
Descoberto o sítio ideal, a poucos metros do palco, deitamo-nos no "relvado", matando o tempo com nova sessão fotográfica.
Às 18.15 a multidão agita-se e, apesar de ainda faltar quase 1h para o inicio da maratona musical, somos forçadas a levantar-nos. Descanso, só o veremos dali a quase 8h.
O espectáculo não podia começar melhor, com os brasileiros Skank a animarem brilhantemente as 75 mil pessoas ali presentes. O público correspondeu e aquela hora de verdadeira festa voou.
Uma pequena pausa (nota máxima para a eficiência da produção e a pontualidade britânica - ou brasileira, canadiana, espanhola e americana - dos concertos) e uma Alanis Morrisete mais gordinha e mal vestida surge à nossa frente. Da 2ª vez que a vejo em palco, reafirmo o que já sentira: não é uma artista que empolgue, mas o facto de todas as canções que apresenta serem verdadeiros hits, conhecidos por todos, faz com que não saiamos desiludidos.
Segue-se o espanholito Alejandro Sanz, cujas músicas eram apenas conhecidas da nossa Taralhoca, que as cantou de cabo a rabo com pronúncia irrepreensível. Surpresa estava reservada para "Corazón Partio", cantada em dueto com a exuberante Ivete Sangalo.

A última pausa da noite e o concerto mais esperado.
Pausa também aqui neste relato para uma pequena confissão: em adolescente, eu era uma enorme fã dos Bon Jovi. Daquelas que forram o quarto com posters da banda (o tecto salvo por intervenção matriarcal), têm 20 t-shirts compradas em cada tenda que venda uma diferente, coleccionam todos os álbuns e cassetes de video, compram revistas de música só porque no canto superior direito da página 20 aparece uma pequena noticia sobre as férias que o guitarrista está a fazer em familia nas Ilhas Mauricias, sabem todas as músicas de cor, mesmo as foleiras, nome completo de cada um, bem como da família, cão e periquito.
Os "teen" já lá vão e a panca, obviamente, desapareceu. Continuei a gostar da música deles, a comprar os álbuns que iam saindo, mas os mesmos foram ficando esquecidos na estante.
Ora, na noite de 31 de Maio para 1 de Junho senti-me novamente com 15 anos.
Saltei, cantei (músicas que já não ouvia há anos mas das quais ainda me lembrava na íntegra), vibrei.
Quer se goste ou não, os rapazes de New Jersey fazem excelentes espectáculos. A interacção com o público, a emoção, disponibiliadde e entrega durante aquelas 2 horas é indiscritível.
Às 2 da manhã estávamos com o coração cheiínho.
As meninas ainda ficaram a fazer horas para o comboio que ainda iriam apanhar. Eu segui a multidão para o metro e em 10 m estava no cais do Sodré. Pior foi a mais de 1h de seca que apanhei na paragem de taxi. Valeram os videos e as fotos que tinha tirado durante o dia: entre recordações recentes, cheguei a casa da Sofia nas Portas do Sol.
Já o sol ía alto quando me levantei. Banho tomado para seguir para o Pois Café, um daqueles sitios fantásticos que em qualquer recanto de Lisboa se encontra. Nova lasanha, desta feita de bacalhau, uma tarte de natas e chocolate e muitos dedos de conversa.
O estudo esperava a Sofia, a mim, o comboio de volta para Aveiro.
Eu fui!
E ía de novo...









3 Comments:

  • At 5/6/08 12:01, Blogger Willow said…

    Eu fiquei cansada só de ler. :)

     
  • At 5/6/08 12:48, Blogger bailaroska said…

    Opá, isso n é bom...
    Pronto, é oficial, dou seca ao pessoal...

     
  • At 6/6/08 10:50, Blogger Taralhoca said…

    Qual seca, qual carapuça. Só de ler estas linhas e relembrar os momentos saiu logo da boca para fora (como tantas vezes nestes últimos dias) "Shot Through The Heart.."
    Uma pausa neste comentário para dizer que eu nunca forrei nada com Bon Jovi, embora tenha um álbum lá por casa. Mas bolas, que grande concerto!
    E foi um dia perfeito, wcs badalhocas e dormida no chão da gare do Oriente incluídas.
    Na melhor companhia.

     

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