Explosão de alegria e nervos

Andar de avião e jogos da Selecção: são duas situações que me fazem perder anos de vida. Felizmente, este fim-de-semana só tive de passar por uma delas, caso contrário seria uma verdadeira anciã que estaria a dirigir-vos estas palavras.
O fim de semana previa-se de alegria e nervos. Começou cedo.

Às 16h de sexta saí do Cartório rumo a Braga para o S. João 2006 (evento internacionalmente aguardado). Não sem antes o PuntoBus fazer paragem obrigatória no Porto para abastecimento de primos.
Quase duas horas e meia depois, após muitas filas e buzinadelas (é o que faz atracessar a Invicta a uma sexta à tarde em dia de S. João), chegámos ao nosso destino.
As agruras da viagem foram prontamente esquecidas com um belo mergulho na piscina dos meus tios, seguido de um lanche retemperador.

As saborosas sardinhas e as inúmeras e calóricas sobremesas antecederam um dos pontos altos da noite: o lançamento do balão, modalidade em que começamos a ficar peritos e que pensamos propor ao Comité Olímpico como modalidade dos próximos jogos.
Como com a família Ferreira é tudo em grande, eis que são lançados não um mas dois balões. Após a foto para a posteridade dos "engenheiros do balão" e 20 minutos de nariz espetado no ar (10 minutos para cada um dos balõezinhos se transformar num pontinho de luz que desaparece no firmamento), os membros mais arrojados da trupe lançam-se numa dança desvairada a que apelidam de marchas populares.
Inadvertidamente, sou puxada pelo mais louco dos foliões, que após alguns rodopios quase me faz vomitar o jantar (eu é mais ballet... e bolos!). Já recuperada do susto, parto com o resto dos membros (os que ainda têm boas perninhas para andar e cachola para as marretadas) em direcção à Avenida.
Este ano fui desarmada, pelo que naquela Guerra de martelos e alhos-porro, levo, mas não dou. Avenida acima, avenida abaixo, está o passeio cumprido. A cabecita ressente-se dos amassos, razão mais que suficiente para atacar um caldinho verde ao chegar a casa.

O S. João ainda mal terminou e já me encontro a rezar a todos os santos para que os nossos Tugas nos façam erguer as bandeiras em comemoração uma vez mais.
Por favor, Deus meu, permitai que cheguemos à próxima fase!
O Rui Costa já não faz parte dos 23, mas é vestindo a camisola nº 10 que vejo todos os jogos. Esta vai ficando encharcada de ansiedade, o cachecol, comprado há 10 anos aquando do 1º jogo que vi da Selecção, é torcido, mordido e agitado. O coração bate desvairadamente e a voz fica rouca de gritos de incentivo e desespero.

A história do jogo todos conhecemos.
ESTAMOS NOS QUARTOS DE FINAL!!!!!!!!
VIVA A NOSSA SELECÇÃO!!!!!!!!!!
Obrigada, rapazes!