bailaroska

Bailaroska. (Quase) desde sempre e para sempre. Mesmo quando as pernas já não executarem um perfeito arabesque, quando os pés não aguentarem as pontas e o equilíbrio se for. Porque mais do que uma ocupação, ser bailarina é um estado de espírito e um modo de vida. O meu. Aqui fica o relato das minhas piruetas, dentro e fora dos palcos...

sábado, janeiro 21, 2006

E ao fim da primeira semana...

SOBREVIVI!!

Bem, tenho de dizer que foi mais do que mera sobrevivência (desta forma parece que me arrastei penosamente pelos cinco dias até ver a luz do fim de semana).
Cheguei, vi e gostei. Ainda demorará muito para vencer, mas conto um dia poder dizê-lo.

Desde logo, gosto do ambiente. Os funcionários são simpáticos, receberam-me bem e ajudam-me no que podem. Durante os primeiros tempos vou estar a acompanhá-los no atendimento ao balcão, pelo que foi o que fiz na última semana: procurações, reconhecimentos de assinaturas, marcações de escrituras (com tudo o que isso envolve, como tirar dúvidas aos clientes, indicar os elementos necessários para a sua realização), etc.
Como todo o serviço de atendimento ao público, vê-se um pouco de tudo e nestes poucos dias já me ri um bocado (como uma mulher que pregou, sem razão aparente, um estaladão ao marido,o qual não tugiu nem mugiu!; herdeiros exaltados num processo de partilha...).


Posso dizer que estou satisfeita: estou a aperceber-me de que vou gostar de trabalhar neste meio. O trabalho parece-me interessante, diversificado e adequado ao meu perfil. Mas não consigo deixar de me sentir assustada: tenho apenas três meses para aprender uma imensidão de coisas. Cada caso que surge põe a descoberto a minha total ignorância prática (e muitas vezes teórica, também). Quero absorver o mais que posso e tenho medo que o tempo de que disponho não seja suficiente. É claro que dúvidas surgem ao longo de toda a nossa vida, mesmo quando se trabalha no ramo há anos e anos; mas há coisas básicas que eu ainda não apreendi e sem as quais não me posso aventurar sozinha.

Daí que a par da satisfação que sinto por estar a confirmar as boas expectativas que tinha relativamente ao notariado, sinta igualmente um leve desespero quando me apercebo da enormidade de coisas que tenho de aprender em tão pouco tempo...


Não posso deixar de referir que é para mim uma enorme felicidade estar em Aveiro. Ir a pé para o trabalho por ruas tão minhas conhecidas, almoçar em casa e relaxar um pouco, sair ao fim da tarde e não ter ainda uma hora de comboio a separar-me do meu descanso.
Agora sei qual a vantagem da minha (tão má) experiência no Porto: serviu-me de ponto de comparação. Levantar horrivelmente cedo, arranjar-me ao minuto para não perder o comboio, passar horas neste, trabalhar numa área que não gosto, sentir-me intimidada pelo meu patrono, não ter tempo para mim, andar permanentemente exausta...

Agora já não acordo, diariamente, com a música dos Humanos a martelar-me na cabeça "muda de vida..."; já não me arrasto até ao escritório; já gozo bem o fim de semana sem chegar a sábado à tarde e já estar a pensar em segunda...

Sei que é só o início, mas está a ser um bom começo. Espero que, quando os verdadeiros desafios se me depararem, eu esteja à sua altura.


Working ballerina

Um beijo muito grande a todos os que me desejaram felicidades!

5 Comments:

  • At 22/1/06 14:39, Blogger teste said…

    =))) que bom que bom que bom!!!!!

    =)=)=)=)

    beijooooooo

     
  • At 23/1/06 16:21, Blogger Taralhoca said…

    Estou muito, muito feliz por ti amore mio! Expectativa, alívio e entusiasmo, não há melhor combinação! A combinação que tu mereces!!!! Bjoca rechonchuda!

     
  • At 26/1/06 20:43, Anonymous Anónimo said…

    Fico muito feliz por ti!!
    Beijinho grande

     
  • At 28/1/06 21:51, Blogger Ameixinha Verde said…

    Agora v~e lá se nos contas sempre as histórias mais engraçadas que por lá presencias!

     
  • At 13/3/06 08:32, Anonymous Anónimo said…

    Não te conheço de parte nehuma apesar de ser muito possível cruzarmo-nos muitas vezes na rua. Mas é inacreditável como sinto na minha vida presente aquilo que falas da tua experiência passada no Porto. Também oiço a música dos Humanos e fico a pensar que preciso de "mudar de vida"... E ler como agora estás feliz faz-me acreditar e fico muito contente por ti.
    Felicidades!

     

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