A poucos dias de um fim de semana fantástico, venho fazer o relato de um outro não menos fabuloso. A pretexto de comemorar esta época natalícia, os amigos do costume juntaram-se para um jantar repleto de emoções variadas. No local do costume (Eurotrópico em Coimbra), com a ementa do costume (salvo raras excepções - perdoa-lhes, meu Deus, pois eles não sabem o que fazem) e com as gargalhadas do costume.Descobrimos o poder que uns míseros (dada a proeza encetada) 150 euros podem exercer sobre o espírito humano, sobretudo em altura de Natal, levando alguém a libertar-se de TODOS os pudores, independentemente do frio da noite e dos transeuntes espantados...Graças pelas máquinas de filmar (e pelas bolinhas vermelhas no canto superior direito)!!!!Já um pouco recompostos (mas para sempre marcados a ferro e fogo), levamos a nossa boa disposição para as Docas conimbricenses, onde procedemos à troca dos regalos, comprados tendo por limite a nossa imaginação (e os 5 euros estipulados).
Actos sexuais entre um pinguim e uma vaca (de chocolate e de louça, respectivamente), canções cantaroladas ao ritmo de uma guitarra e o anúncio de uma boda entre amigos fazem as delícias da noite.
A nossa passagem por este local não poderia terminar sem uma visita ao nosso já velho amigo Urso, qual fénix renascido das cinzas, aperaltado a preceito, que do seu alto contempla as brincadeiras de 8 amiguinhos (após deserção de 4).
Ainda a noite é uma menina e por isso decidimos ir abanar os esqueletos para um espaço de grande diversão nocturna, nessa grande metrópole da noite que é Miranda do Corvo!!!! Mas desenganem-se os que julgam que este é um moquifo (???) perdido na serra: a TV está lá e entrevista a nossa amiga Taralhoca, que discorre eloquentemente sobre os momentos divertidos que está a viver. E assim nasce uma estrela!
Cansados, invadimos o palacete imobilado da Heidi, onde atacamos sem dó nem piedade a despensa bem aviada. São 7 da manhã e num dos quartos instalamos o nosso dormitório, com sacos-cama espalhados por todo o chão. Antes do sono reparador de 4 horas, há lugar a corridas de sacos-cama, lançamento de almofadas, "puxamento" de cobertores e demais diabruras habituais por parte de um dos convivas.
Sem a presença dos roncos ensurdecedores de um certo alguém, dormimos o sono dos deuses, confortadinhos com os afectos armazenados ao longo da noite anterior.
A manhã já vai alta quando o despertador toca, prenunciando as inevitáveis despedidas. Antes, há ainda tempo para um lauto pequeno-almoço, imediatamente seguido de uma maravilhosa massa bolonhesa gratinada, cozinhada pela nossa pequena chef Heidi (só não comi mais por vergonha - desta vez a Taralhoca deixou-me ficar mal!).
Para ajudar à digestão, fazemos da ainda vazia sala de jantar o nosso salão de baile: são ensaiados passos de "dança" apropriados à proximidade da serra que vislumbramos das janelas. Só nos falta a música tirolesa!
Finalmente cada um ruma à sua casa, com votos de Boas Festas e de um reencontro breve.