25 anos

Celebramos as nossas bodas de prata. "A dançar desde 1983"... podia ser o slogan da EBA.

Milhares de alunos passaram por aquelas salas, bem como vários professores. Alunos que se tornaram professores, professores que continuam bailarinos, bailarinos que já quase fazem parte da mobília.

A arquitectura da sala e dos vestiários sofreu remodelações, os guarda-roupas tornaram-se mais ricos, as coreografias mais vistosas, a técnica mais apurada, os espectáculos mais vistos.

Inabalável, imutável e definitiva, a nossa directora. Determinada, voz forte (que medo tinhamos dos seus berros e da cana que nos obrigava a ficar mais en dehors), a Joca fez parte da nossa educação. E transmitiu-nos o espírito Ebiano, que fazemos por prolongar ao longo dos anos.

Posso dizer "eu ainda sou do tempo em que...". Conto nos músculos das pernas e nas bolhas dos pés 24 anos de ballet. E de EBA, porque um é indissociável do outro.

Os próximos 25 já serão comemorados do lado de fora, mas fá-lo-ei com contentamento, sabendo que a EBA perdura e vai mais além de todos os que passaram por aquelas barras e que ficaram para a história da escola.

Parabéns.

Caloiros há 10 anos

Mais velhos, mais maduros, mais louros, mais descontraídos. Mais magras, as mulheres. Todas
Vieram de todo o lado: do norte, do sul, do Kosovo. Alguns trouxeram os rebentos, outros os amores de então e de hoje.
Passados 10 anos, cerca de 90 dos mais 300 que éramos, reuniram-se na cidade das capas negras, onde a 15 de Outubro entrámos como caloiros. Olhámos para as caras que nos rodeavam e ali formámos os nossos grupos. Uns mantiveram-se, construindo sólidas amizades, outros alteraram-se ou desfizeram-se.

No sábado, os diversos grupos reencontraram-se: e houve troca de histórias, de abraços, de fotos antigas.
Uma noite nas Docas, com música ao vivo e show de dança peruana (não do Peru mas de "peruas").
Promessa de uma reunião futura mas não tão breve que a torne banal. Talvez no próximo eu e a Sofia já possamos exibir os cachuchos que, horas antes, numa loja de bijuteria, pensámos comprar para enganar os mais afoitos.

Ficou uma sensação boa de reencontro e uma sábia lição: ao ver fotos antigas de família de uma colega, não insultar a senhora que se encontra ao lado da avó dessa colega; pode ser que seja a mãe...

O meu namorado anda nas bocas do mundo. E nas mãos também. Todos os dias ouço desconhecidos/as falarem dele. Uns apoiam-no, elogiam-no; sem pejo nem refreamento defendem os seus maravilhosos atributos. Para quem queira ouvir.
Outros desprezam-no, desdenham, apelidam-no com nomes menos próprios.

Até canções fazem para ele! Ouço na rádio hoje: "escrevam-lhe canções de amor!"
Mas que despropósito é este?

Ah, estão a falar de um computador...

É o que dá ter por companheiro um Magalhães...

Tristezas à parte...

Fim de semana em grande:
Grande na enfarda, no número de kilómetros realizados (dança, a quanto obrigas), nas decisões tomadas (Paris, aí vamos nós!!).
E no azar também. Em 5 dias, 2 pneus furados. Desta vez foi a um domingo, a mais de 100 kms de casa. Resultado: quase 2 h de viagem, a 80 km/h.

Estava muito muito contente com o fim de semana que se avizinhava. Muita coisa a acontecer para me fazer sorrir: 2 dias com os primos, crepes à mistura, ensaios de ballet e reunião familiar.
Mas uma notícia veio retirar o colorido desta 6ª feira.

A EBA está mais vazia. Menos 2 lugares na barra, menos 2 gargalhadas a juntarem-se ao coro, menos brilho no palco, o coração mais pequenino. Cada ausência mina o espírito que existe...

Começou

No fim de semana passado começaram os ensaios para o nosso novo espectáculo, a apresentar em Fevereiro do próximo ano.

Ao fim de 12 anos, vamos repor a "Música no Coração", celebrando assim as Bodas de Prata da EBA. Do elenco inicial, poucas restam, das quais a maior parte de tão pequena que era não retém recordações.

Fui então Maria, agora Maria serei.

Recomeçam assim os ensaios aos sábados. Sacrificios que poucos entendem e que para mim nem o chegam a ser.

Entidade estadual X - Meu estaminé - 1

Ó serviço público, julgavas que só tu nos roubavas clientela?!
Toma lá para aprenderes. "O que estão a fazer aí sentadinhos? Gostam de esperar? De pagar mais? Não, pois, não, venham comigo".

Eheheh, pimba que já almoçaste!