Óscares - II

Foi há 10 anos que iniciei a tradição da "Noite dos Óscares".

Tudo por causa de um filme sobre um barco naufragado nas águas geladas do Mar do Norte. É verdade, o dito fime foi o mote para desde então passar uma noite em claro, dormir 3 horas e andar qual zombie no dia seguinte.

Este ano não estava tão entusiasmada como há uma década atrás. Dos filmes candidatos só tinha visto 3 e nenhum deles despertou a minha paixão.
Queria apenas, e isso sim, ver a interpretação do Daniel Day Lewis reconhecida. Aquele homem merecia definitivamente a estatueta; aliás, mesmo sem participar em qualquer filme ele merece-a...

Hollywood deve estar de luto: as moças apresentaram-se (quase) todas de negro. Que pobreza!!

De vestido e lábios vermelhos, cabelo loiro cacheado, estava a linda "Drª Izzie Stevens"; mas a pobrezinha meteu dó tal era o PÂNICO em que se encontrava... Izzie, estou contigo, bem sei o terror que é pisar um palco...

Foi, assim, uma noite monocromática, sem grandes efusividades mas simpática. Valeu o sempre cómico Jon Stewart e a pilha de crepes que sempre acompanham estas noites.

Óscares - I

Finalmente, terminou a greve dos argumentistas. Bem a tempo. O que é que eu iria fazer no último domingo do mês de Fevereiro se não houvesse cerimónia dos Óscares?

Assim, e a apenas 2 dias da entrega dos prémios, estou em estágio intensivo para assistir com mais conhecimento de causa ao acontecimento.
Previsões... lá mais para domingo.

Foi há 5 anos

Dia 15 de Fevereiro de 2003.

O dia amanhece solarengo.

Os habitantes do "Pippo Neri" aproveitam a manhã de sábado para dormir até mais tarde.

Duas portuguesas e uma catalã descem com as suas pesadas malas, e pela última vez, a escadaria.

As despedidas foram feitas na noite anterior, num último Cappucino no nosso "Caffè Concerto", rodeados de pares enamorados, entre muitas lágrimas e já tantas saudades.

Deixámos Modena.

E tantos bons dias para trás.

Quero muito voltar. Este ano. Sem falta.

"Às 16h sais"
O ponteiro ainda mal bateu a hora marcada e já o telefone toca insistentemente.
Roupa descontraída e rumo desconhecido.
As saídas na autoestrada vão-se sucedendo: Aveiro, Coimbra, Pombal, Leiria. Começo a adivinhar a meta mas não o programa.

Tentamos fugir às filas da hora de ponta da capital; largamos o carro em boas mão e dirigimo-nos apressados para o Metro. Linha azul cortada. Paragem de taxi no meio de uma rua movimentada de Alvalade.
O noticiário das 19h denuncia finalmente os planos do meu namorado: Benfica-Nuremberga para a Taça Uefa.

Rio-me. Enquanto os restaurantes estão apinhados de enamorados casais, de palavras excessivamente doces e rosas vermelhas, nós apertamos cachecóis à volta do pescoço, comemos o farnel por ele preparado e aquecemos as gargantas para apoiar o nosso clube.

O jogo não teve grande história nem emoção... Mas ganhámos.
E gostei de conhecer o novo estádio. E de assistir ao imponente voo da águia Vitória.
E da viagem de regresso, com bolachinhas de chocolate, Kinder delice e torta DanCake, rindo às gargalhadas com os programas nocturnos da radio portuguesa...

Dizem que ando desaparecida...

E é verdade.

Felizmente, o trabalho tem sido muito. Parece que o anúncio da nossa "morte" tem funcionado em sentido inverso... Ainda bem!
Entre uma escritura e outra houve ainda tempo para visitar uma amiga (e o seu maridão) na sua nova casa em Braga, da qual não saímos o fim de semana toda, envoltas em mantas e rodeadas de bolos, bolachas e cházinhos, enquanto as janelas do 7º andar abanavam com o temporal.
Houve tempo para comemorar o carnaval em casa dos meus avós com um prato cheio de "sopa seca"; para ir ao cinema; para jantar com o namorado; para estar com as amigas.
Este último fim de semana de sol e calor foi passado com os primos, no "Casal", com caminhadas em manga curta, brincadeiras com os cães, crepes com chocolate, acampamentos no meio da sala, melão fresquinho...

Hoje é dia dos namorados. Apenas mais um motivo para levar o meu namorado a jantar e passarmos um bocadinho de tempo juntos. Terminei hoje a "trabalhosa" prenda que lhe decidi oferecer e que também tem justificado a minha ausência: a compilação, num livrinho feito por mim, dos e-mais que trocámos durante a minha estadia em Itália, que faz amanhã 5 anos terminou.
É verdade, todas as cartas de amor são ridículas... mas se não o fossem, não seriam cartas de amor... ;)

1º aniversário

Há um ano abria pela 1ª vez a porta do meu Cartório. As persianas subidas, o letreiro com o dito "aberto" à entrada, sentada na minha secretária à espera do 1º cliente ou do 1º telefonema.

Alguma ansiedade.

Era 5ª feira.

Hoje, houve champagne e bolo.

E, como há um ano, 0 (zero) movimento...